sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Profª Liana Medeiros de Andrade - 1º Ano A - 8 alunos

Inicialmente trabalhei o OA Alfabetização com oito (08) alunos de 1º. ano da escola em que trabalho, Instituto Filippo Smaldone. São alunos com idade de sete a doze anos, sendo sete surdos e um não possui o pavilhão auricular (orelhas) mas ouve. Em sua maioria estão no processo de alfabetização e outros já alfabetizados. Devo ressaltar que mesmo alfabetizado o surdo precisa de mais tempo que o ouvinte para dominar o português escrito.




Eu sou a professora da sala e tenho o curso de especialização em educação especial – deficiência auditiva e Neiva é a professora do LIE, possui também o curso supracitado e ainda o mestrado. Sei que só curso não prepara, porém nos dá um ótimo suporte que aliado a experiência e vontade de contribuir para o crescimento individual e coletivo pode ser efetivo na vida do educando e futuro cidadão.




Vamos semanalmente ao LIE sempre às quartas-feiras, onde trabalhamos tanto o conteúdo de sala, como temos atividades variadas. No dia planejado para aplicação do OA estavam funcionando quatro (04) computadores, portanto todos eles foram utilizados e ainda formei grupos de dois componentes, onde um estava mais adiante no processo de leitura e escrita e o outro em um nível diferente.

Os computadores muito velhos tornou a atividade difícil, pois são lentos e por isso demorava muito a responder aos comandos. Pensamos que era por ser LINUX, mudamos para WINDONS em outro computador e foi a mesma dificuldade.




No uso do OA propriamente dito percebi que as estrelinhas não fixavam com facilidade, as letras da sopa também não soltavam logo, o que fazia as crianças apertarem muito e cada vez mais forte o mouse.

Para o usuário ouvinte e o cego não há problema em compreender o que pede a questão (creio eu) porem para o surdo existe a necessidade da janelinha, caso busquemos a autonomia. No lugar do interprete os professores podem desempenhar este papel. Só que demora muito para o professor atender todos, já que não dá para fazer ao mesmo tempo. Senti dificuldade em mediar as questoes, no que se refere ao conteúdo e poder perceber o desempenho do aluno porque ao explicar tinha que passar para outro grupo.

Não sei como eles passaram de uma etapa para outra, que pensamento usaram e tudo o mais.




No pouco tempo que tivemos, não consegui pensar em nada de efetivo para a mudança da situação mas espero usar novamente, explicar todos os passos com o Guia do Professor, mostrando para todo o grupo e deixando que façam em duplas.

O Guia do Professor foi bem esclarecedor pois quando utilizei o OA sozinha pude tirar minhas dúvidas e ao aplicar com os alunos não senti tanto problema.

Apesar de bem colorido, desenhos interessantes, exercícios em grau de dificuldade crescente não percebi muito interesse por parte dos alunos. Acredito que o não domínio da leitura e escrita, a dependência da interpretação do professor para LIBRAS, o pouco vocabulário ainda desenvolvido, a lentidão do computador foram as causas de tal falta de interesse. No decorrer do jogo, eles ficaram nervosos, impacientes e querendo mudar de atividade.

Pretendo ainda utilizar o OA, com minha turma. Agora eles já tem uma experiência inicial, irei trabalhar em sala o tipo de questão utilizada e farei uma exploração contextualizada do vocabulário.




Realmente os OA são uma poderosa ferramenta na educação mais precisamente na construção do conhecimento, se bem utilizada. Necessitamos conhecer e planejar sua utilização para que atenda as necessidades da sala e assim a aprendizagem ser eficaz. Fala-se tanto em inclusão, precisamos sair do discurso e privilegiar todos os portadores de necessidades educativas especiais; para o surdo é essencial a janelinha, não só nos jogos como em todos os conteúdos escritos e/ou falados

Um comentário:

  1. Oi Profa Liana, tudo bem? Encontrei vc...que bom te ver, conhecer um pouco do teu trabalho, parabéns...como estão os meninas(os)?

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